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As Favelas de Victoria - 1927
A edilidade victoriense tem a resolver assamptos de rara complexidade e todos caindo sobre ella a um tempo, acompanhados das exigencias gritantes, nascidas do confronto feito com a capital da Uniao, a de S. Paulo, a de Minas, entre as demais.
O cidadão de Victoria que já possue, dada a exiguidade das rendas Municipaes, serviços relativamente perfeitos, não se satisfaz com o que tem, sempre quer mais, numa ansia de parallelizar-se á capital carioca, ou á paulista.
O desejo em si é dos mais nobres, e demonstra o amor que todos temos á cidade onde vivemos, mas é bom ouvir-se, para refreiar-nos os animos, as criticas murmuradas a surdina, contra a Municipalidade, que tem feito mais do que é possível.
E quando dizemos a Municipalidade, não nos referimos, é claro, só ao período actual de governo, embora seja das mais beneficas a administração vigente, mas a todos os administradores que tem investido a vasa e o mangue, têm rompido até com amizades velhas e considerações pessoaes, para bem servir aos interesses collectivos.
Figura nas preoccupaççies da edilidade acabar com as "favellas", alcandoradas nos morros que circundam a cidade. A' primeira vista, e conhecida a nossa indole sentimental, toda volvida á piedade pelos individuos, embora corra o maior risco o organismo impessoal da sociedade, a attitude dos poderes Municipaes parece atacar a propriedade em seus fundamentos, e o direito do pobre morar onde mais conveniente for á sua subsistencia.
Mas a hypothese é diversa, na verdade. Além de afeiarem a paysagem, o que é um motivo esthetico, e não administrativo e social para reprimil-as, as palhoças, choupanas, casinholas que grimpam as abas dos morros e ao seu cume, fogem a todas as regras prescritas pela hygiene urbana.
A ellas não vai a agua, nem esgôtos, e o serviço de remoção de detrictos é de todo impraticavel.
Para ventura nossa, essas habitações sordidas ainda não representam a morada do crime, o que mais dia, menos dia virá a ser com o insolito augmento da população.
Ha remedio, porem, ao mal, Jucutuquara, Bomba, Goiabeira, ilha das Caieiras, sitio do Batalha estão proximos, pedindo quem os povôe. Resta a questão do transporte facil e barato para essa população laboriosa, que tende a crescer com as obras do porto sempre em incremento.
Essa, porém, se resolverá com os bondes frequentes, ou auto-omnibus a bom barato.
Como se está vendo, dar a Victoria o seu aspecto definitivo, imprimir-lhe o cunho de uma cidade elegante, capital digna de um Estado rico, valem por directivas arduas, capazes de absorver mais de uma administração.
Os que a querer ver transformada por golpes de magica e artes de pirlimpimpim, e não têm olhos para comparar o que fomos, com o que somos, padecem de eterna insatisfacao e se attingirmos a organização cabalissima de Nova York ou Berlim, ainda assim a critica insegura lhes escorrerá dos labios.
Pesquisa, tradução, restauração, digitalização e transcrição: Fábio Pirajá.
Category | Arts & Literature |
Sensitivity | Normal - Content that is suitable for ages 16 and over |
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