First published at 09:34 UTC on November 13th, 2021.
9º DIA
(fazer primeiro as orações)
O fogo prova o ferro, e a tentação o justo.
Muitas vezes não sabemos o que podemos; mas a tentação mostra-nos o que somos.
Devemos, pois, vigiar principalmente no princípio da tentação, porque mais facilmente se
vence o…
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9º DIA
(fazer primeiro as orações)
O fogo prova o ferro, e a tentação o justo.
Muitas vezes não sabemos o que podemos; mas a tentação mostra-nos o que somos.
Devemos, pois, vigiar principalmente no princípio da tentação, porque mais facilmente se
vence o inimigo quando não o deixamos passar da porta da alma, e lhe saímos ao encontro, logo
que bate.
Donde veio dizer um poeta:
Resiste no princípio,
Tarde chega o remédio
Se já, por largo tempo,
O mal lançou raízes.
Porque, primeiramente, se oferece à alma um simples pensamento, podeis, a importuna
imaginação, logo o prazer, o movimento desordenado e o consentimento da vontade.
E assim pouco a pouco entra o inimigo e se apodera de tudo, porque se lhe não resistiu no
princípio.
E quanto mais preguiçoso for o homem em resistir-lhe, tanto se fará cada dia mais fraco, e o
inimigo contra ele mais poderoso.
Alguns padecem graves tentações no princípio de sua conversão, outros, no fim, muitos por
toda a vida.
Alguns são tentados brandamente, segundo a sabedoria e a eqüidade da Divina Providência,
que pondera o estado e os méritos dos homens, e tudo ordena para a salvação de seus escolhidos.
Por isso, não devemos desconfiar quando formos tentados; mas antes rogar a Deus com maior
fervor para que se digne ajudar-nos em toda a atribuição; porque, segundo o dito de São Paulo,
nos dará o auxílio junto com a tentação para que lhe possamos resistir (1Cor 10,13).
Humilhemos, pois, nossas almas, debaixo da mão de Deus em toda tribulação e tentação,
porque ele há de salvar e engrandecer os humildes de espírito (Sl 33,19).
É nas tentações e nos reveses que o homem verifica quanto progrediu; por elas maior se torna
o mérito, e melhor se revelam as virtudes. (Imitação de Cristo, Livro I, capítulo XIII, 5-7)
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